quarta-feira, 25 de julho de 2012

Marco das 3 Fronteiras - Foz do Iguaçu/PR





O Marco das Três Fronteiras delimita o final do território brasileiro. É onde o Iguaçu deságua do Paraná. E assim temos de um lado do Iguaçu o Brasil, do outro a Argentina e na margem oposta do Paraná, o Paraguay. 

O local está bem sinalizado e possui estrada asfaltada até lá. Na mesma região fica o Espaço da América Latina, local para eventos.






Marco Argentino
Marco Paraguaio








Ecomuseu - Foz do Iguaçu/PR



O Ecomuseu é mais um empreendimento da Itaipu Turismo. Foi criado para preservar a história da própria Usina, como também para preservar os achados arqueológicos encontrados na região por ocasião das obras.

Em seu interior, dentre outras atrações, há uma maquete da hidrelétrica e uma outra da Bacia Hidrográfica do Paraná.





Há a recriação de habitats da região, com animais 'empalhados'. Mas calma, os bichos não são sacrificados para esta finalidade e a técnica correta é a taxidermia. 

Segundo a monitora me informou, são animais que foram encontrados ou mortos ou doentes e que não resistiram, embora fossem levados a tratamento. 




O visitante percorre um circuito dividido em módulos que apresentam desde a ocupação da região da usina na margem brasileira até os projetos de conservação ambiental da Itaipu. Dentro desse roteiro estão atrações como os espaços temáticos de água e energia. Há também uma réplica do eixo de uma turbina em atividade, com direito aos ruídos característicos do coração da usina. Um painel de fotos 3X4 homenageia as 40 mil pessoas que trabalharam na construção da hidrelétrica.






Apesar do cansaço, isso já era final de tarde, todos nós curtimos o museu, que nos surpreendeu positivamente. Recomendamos a visita.




Itaipu: a maior usina do mundo - Foz do Iguaçu/PR




Visitar a Itaipu é obrigação para quem vai a Foz do Iguaçu. Até mesmo porque durante muitos anos foi a maior usina hidrelétrica do mundo em área construída, perdendo somente para outra que está sendo construída na China. Entretanto, em geração de energia, continua sendo top list





Foi construída no Rio Paraná, em uma parceria com o Paraguai. Da produção total de energia, 50% pertence ao Brasil e 50% ao país vizinho. Entretanto, o Paraguai só utiliza 8% da energia produzida, sendo que o restante é comprado pelo Brasil.




São várias as formas de visita. Todos os ingressos para acesso às atividades turísticas são adquiridos no Centro de Atendimento ao Turista, que fica antes do portão de acesso ao empreendimento. Como nas Cataratas, percebi que o pessoal está bem treinado para o atendimento dos turistas, tirando todas as nossas dúvidas e mais algumas.

Como a Valentina ainda não tem 11 anos, a gente não pode fazer a visita completa, que chega até as turbinas (Circuito Especial). Fizemos o circuito panorâmico, apenas, mas que já valeu muito a pena.

Em primeiro lugar, você assiste a um vídeo institucional nesta sala de projeção e depois, seguindo o adesivo que você recebeu, embarca em um ônibus de dois andares para o tour.




Tivemos tanta sorte que o vertedouro estava aberto naquele dia, o que não é comum. Mais uma cascata de água que fez com que a Valentina ficasse deslumbrada. A vazão aqui, segundo comentaram, é superior à vazão das Cataratas. É muita água mesmo.








Na primeira oportunidade em que lá estive, visitei a usina com uma kombi da empresa, graças a um tio que lá trabalhava. Onde hoje é o grande lago, atrás da barragem, eu passei de kombi e tirei fotos. O lago foi formado em duas semanas, quando a previsão era de 4 meses, graças a uma chuvarada que caiu na época, que causou uma das maiores enchentes na região.





Eles estão com um projeto agora em que os antigos barrageiros fazem o roteiro no ônibus e contam aos visitantes a sua história lá dentro, bem como fatos pitorescos que aconteceram por ocasião da construção.




Além da Usina, visitamos o Ecomuseu, um dos empreendimentos da Itaipu Turismo. O Refúgio Ecológico, em razão do horário, ficou para a próxima.

Mas como nada é perfeito, em razão do horário, acabamos por almoçar no restaurante que tem lá dentro da usina. Aqui o atendimento deixou muito a desejar. E a comida, idem, diferenciando-se do resto. Ah, não preciso dizer que pagamos muito caro por um prato de a-la-minuta, não é mesmo?!



Parque das Aves - Foz do Iguaçu/PR



O Parque das Aves fica em frente à entrada para o Centro de Atendimento ao Turista do Parque Nacional do Iguaçu. Trata-se de um empreendimento privado, em que aves do mundo inteiro convivem em meio à exuberante floresta úmida tropical. 

São enormes viveiros, em que se pode entrar, e estar mais perto de aves lindas, como as araras, tucanos, flamingos, etc. Além das aves, tem um borboletário muito interessante, tem ambiente pantanal, com jacarés e outros animais comuns na região, e muitos outros locais de interesse. É o maior parque de aves da América Latina.

As crianças adoraram. E os adultos, também.


Tucano

Arara

Arara Azul - em extinção



Tucano Azul










Cataratas do Iguaçu pela trilha - Foz do Iguaçu/PR



Como falei no post anterior, esta foi a terceira vez que fui às Cataratas. E confesso que me surpreendi com a estrutura que lá encontrei, muito diferente das outras duas vezes em que lá estive. Hoje, para acessar as quedas, você chega neste Centro de Atendimento ao Turista. Aqui você deixa o carro, compra seu ingresso, visita um museu, faz um lanche, etc. As placas estão em três idiomas: português, inglês e espanhol e percebi que os atendentes estão bem treinados na recepção aos turistas. Você pode, inclusive, comprar seu ingresso via internet aqui. E tem desconto para brasileiros, isso é muito legal, porque incentiva o turismo interno.


 


Depois, a gente embarca em um ônibus de dois andares, cujo andar superior é aberto. Os ônibus são coloridos, pintados com animais encontrados no Parque Nacional. Naquele dia, apesar do sol brilhando e do céu azul, fazia muito frio (07/06/2012). 

O trajeto no interior do Parque é de cerca de 8 km, com diversas paradas ao longo do caminho: parada da Trilha do Poço Preto, da Trilha do Macuco, da Trilha das Cataratas e, finalmente, a do Espaço Porto Canoas.




O recomendável, para se ter uma ideia das Cataratas, é descer na frente do Hotel das Cataratas e iniciar a trilha ali. São cerca de 1500m até o final. A trilha é calçada, segura e autoguiada, com diversos mirantes ao longo do caminho. Em razão do volume de água, há uma eterna garoa, que molha mesmo. Se você preferir, compre uma capa de chuva antes de entrar no estacionamento, porque é mais barato lá na frente do que ali dentro. 





E se deixe levar pelas belezas do lugar. São em torno de 270 diferentes quedas. Aliás, Iguaçu significa água grande, em tupi-guarani.




Das principais quedas, são 19, cinco delas estão do lado brasileiro (Floriano, Deodoro e Benjamin Constant, Santa Maria e União). Os demais, estão do lado argentino, o que facilita a visão deles a partir do Brasil, como é o caso do Véu de Noiva (foto acima).




Quanto mais se chega perto da Garganta do Diabo, mais a gente se molha. E nesse dia em especial a temperatura beirava a zero grau!




A vazão média é de 1500m³ de água por segundo. O barulho é estrondoso, mas a vista...



Conta a lenda que 

os índios Caigangues, habitantes das margens do Rio Iguaçu, acreditavam que o mundo era governado por M'Boy, um deus que tinha a forma de serpente e era filho de Tupã. Igobi, o cacique dessa tribo, tinha uma filha chamada Naipi, tão bonita que as águas do rio paravam quando a jovem nelas se mirava.
Devido à sua beleza, Naipi era consagrada ao deus M'Boy, passando a viver somente para o seu culto. Havia, porém, entre os Caigangues, um jovem guerreiro chamado Tarobá que, ao ver Naipi, por ela se apaixonou.
No dia da festa de consagração da bela índia, enquanto o cacique e o pajé bebiam cauim (bebida feita de milho fermentado) e os guerreiros dançavam, Tarobá aproveitou e fugiu com a linda Naipi numa canoa rio abaixo, arrastada pela correnteza.
Quando M'Boy percebeu a fuga de Naipi e Tarobá, ficou furioso. Penetrou então as entranhas da terra e, retorcendo o seu corpo, produziu uma enorme fenda, onde se formou a gigantesca catarata.
Envolvidos pelas águas, a canoa e os fugitivos caíram de grande altura, desaparecendo para sempre. Diz a lenda que Naipi foi transformada em uma das rochas centrais das cataratas, perpetuamente fustigada pelas águas revoltas.
Tarobá foi convertido em uma palmeira situada à beira de um abismo, inclinada sobre a garganta do rio. Debaixo dessa palmeira acha-se a entrada de uma gruta sob a Garganta do Diabo onde o monstro vingativo vigia eternamente as duas vítimas




Não visitamos o lado Argentino, ficou para a próxima. O que me comentaram é que é tão bonito quanto o lado brasileiro. E que se vê a Garganta do Diabo de cima, enquanto que no Brasil se vê de baixo e de longe. No nosso caso, não dava para se ver nada na ponta da passarela porque a neblina encobria os saltos. Sem contar o frio e a garoa provocada pelas quedas.




Se eu fiz as trilhas, especialmente o Macuco? Não, infelizmente não fiz. Fazia muito frio e preferi não me arriscar a ficar molhada o dia inteiro. Deixei para fazer no verão, quando então iremos para conhecer o lado argentino. Mas todo mundo superindica. Não vejo a hora de ver as Cataratas também por baixo. Deve ser uma experiência e tanto.

E para concluir este post, resolvemos almoçar lá dentro do Parque mesmo, no Espaço Porto Canoa, onde você encontra um restaurante e também um fast food. Como em qualquer lugar turístico, é mais caro que o normal. Mas já que você está ali mesmo, cansado da caminhada, a fome batendo, senta nas mesas ao ar livre e fica apreciando de longe a garoa que sobe da Garganta do Diabo.



 Você ainda vai conseguir encontrar e conversar com viajantes do mundo inteiro. O que também é uma experiência interessante, porque não é só o brasileiro que está indo para outros países, os viajantes estrangeiros também estão vindo conhecer as nossas belezas naturais. Ainda mais agora sendo as Cataratas uma das novas 7 Maravilhas da Natureza.



Se você está em dúvidas entre ir e não ir, vá. Você não vai se arrepender. É lindo demais.





Vista aérea das Cataratas do Iguaçu - Foz do Iguaçu/PR




Eu já tinha ido outras duas vezes às Cataratas do Iguaçu, sempre por terra. Quando a estrutura era muito precária. Quando se estacionava o carro lá perto da Garganta do Diabo. Quando não havia uma trilha organizada como tem hoje. Mas nunca tinha feito o sobrevoo de helicóptero. Aliás, nem sei se tinha das outras vezes em que lá estive.

Esse tipo de passeio é caro. Mas vale cada centavo investido, porque é uma experiência única. Ainda mais para mim, que morro de medo de altura, embora eu lute contra ele sempre, principalmente em viagem. Não deixo de fazer o que quero em razão dele. Posso não fazer determinado passeio porque não quero, mas não porque o medo me vença. Prova disso foram os teleféricos em Bariloche, mas isso é assunto para outro post.

Decidido que iríamos a Foz, bati o martelo: desta vez vou fazer o panorâmico. Fiz. E valeu muito! Pagamos R$ 205,00 por pessoa por 10 minutos de voo. Mas são dez minutos inesquecíveis, porque a visão que se tem das quedas é estupenda.

A empresa, a Helisul, nós a contratamos ali na hora, no restaurante ao lado da pista de decolagem do helicóptero, que fica ao lado do Centro de Atendimento ao Turista das Cataratas. Como era cedo da manhã (em torno de 10h), não pegamos fila, apesar do dia lindo (e frio!!!) que fazia.

Não há mais descrições a serem feitas. Deixo-lhes as fotos. Mas não  é à toa que este lugar foi contemplado como uma das novas 7 Maravilhas do Mundo.










De tirar o fôlego, não? Não perca mais essa dica!