sábado, 31 de agosto de 2013

Nosso primeiro dia na neve (ou o dia da minha quase primeira aula de esqui) - Farellones, Valle Nevado



Havia uma enooooorme expectativa para o nosso primeiro dia na neve. As crianças contavam os segundos para verem a bendita e esplendorosa brancura da Cordilheira dos Andes, o que para nós é uma novidade, pois, via de regra, não neva no Brasil (neste ano nevou, e muito, só para me contradizer... Mas só na cidades da Serra Gaúcha).

Para mim havia uma baita expectativa no ar, pois iria fazer minha primeira aula de esqui! Era a única do grupo que queria se aventurar.

Compramos o passeio pela Touristour, que incluía a visita a Farellones e a minha aula no Valle Nevado. O José, nosso motorista, e o Alexis, nosso guia, explicaram que tínhamos que alugar as roupas apropriadas, o que fizemos logo antes de começarmos a subir a Cordilheira. Para as crianças, macacões impermeáveis; para os adultos, calças e botinas.

Durante o caminho, o Alexis tocou diversas músicas da MPB em sua flauta, o que nos fez relaxar um monte. E aproveitar a paisagem, bastante diferente do nosso dia-a-dia.

Quando chegamos em Farellones, fomos direto ao Tubbing, uma espécie de esquibunda, para comprarmos os ingressos e agendarmos o horário. Tudo certo, comprado e agendado, seguimos eu, o José e o Alexis para o Valle Nevado, para que eu pudesse, finalmente, debutar no mundo do esqui.

Nós nos separamos porque os outros integrantes do nosso grupo familiar não teriam o que fazer no Valle Nevado enquanto eu estivesse aprendendo a esquiar. Eles não teriam acesso ao hotel e nem à neve, o que frustraria as crianças (grandes e pequenas).

No caminho, optamos por cancelar a minha aula e voltarmos para Farellones, onde eu também poderia tener una clase de esqui. Assim, chegamos ao Valle Nevado e logo retornamos a Farellones. O valor da aula foi corretamente creditado no meu cartão de crédito pela agência.




Enquanto isso, a galera se divertiu muito no tubbing. Valentina ficou com medo no início, mas logo depois aproveitou muito.



De volta a Farellones, encarei uma baita fila para me inscrever na aula de esqui. Havia uma única pessoa para preencher os formulários (que deveriam ser muitos) e outra para cobrar. Fiquei uma hora na fila e andei poucos metros. E me dei conta de que Farellones não está preparado para bem receber o turista...

Neste meio tempo, José tentou encontrar a minha turma e não conseguiu. Depois do episódio que contei aqui, sempre que nos separávamos, conferíamos os telefones celulares e nem eu estava conseguindo falar com eles, pois a diversão deles era grande. Mas sabia que tínhamos reserva no restaurante e que todos estariam lá na hora marcada, afinal de contas, Farellones é um vilarejo.

Depois de uma hora na fila e de muitos brasileiros ao redor, vi uma moça saindo da pista com sintomas de fratura. Comecei a pensar em tudo: o cancelamento do Valle Nevado, a demora na fila, o fato de estar ali sozinha, só com o guia, enquanto o resto do pessoal se divertia, a moça do braço quebrado... Quando o Alexis voltou, já era hora de irmos ao restaurante. Olhei para ele e disse decidida: - Chega! Não quero mais! Sabe-se lá que horas vou ser atendida e que horas vou conseguir fazer a bendita aula! Vamos encontrar o pessoal! Quero acreditar que foram sinais de que aquele não era o melhor momento para aprender a esquiar... Ponto (mais uma vez) para a minha intuição!

Depois de uma almoço chinfrim e caro no restaurante Farellones, o mesmo que almoçamos da outra vez, fomos para um campo de neve, na beira da estrada, onde os chilenos vão. Eles são chamados de 'farofeiros da neve', pois vão para fazer piquenique e passar o dia. Tem um cara que aluga pranchinha, outro que aluga não sei o quê, outro que vende bebidas, e assim vão se enfileirando os carros na beira da estrada. E eu, que adoro uma farofa, não aguentei. Levei todo mundo para esse lugar. Ficamos ali cerca de duas horas. As duas horas mais divertidas da viagem inteira!

Fizemos o nosso boneco de neve...


... encontramos este outro pronto (e muito mais lindo que o nosso!)


 A Valentina literalmente rolou na neve (devia ter uns 30 a 50cm de neve por ali) e eu enchi a térmica do chimarrão com neve...






Fizemos nevar para aparecer nas fotos, só não fizemos chover... mas faltou pouco! O dia estava lindo, céu azul contrastando com o branco da neve. O dia perfeito! Estava até calor! Dava para ficar de mangas curtas, inclusive, pois não tinha vento. E a gaúcha aqui se encheu de roupas, porque tem medo de passar frio... Abandonei até as luvas e cogitei de ficar de camiseta, tal o calor!

No fim, depois de muita guerra de neve e diversão, a nossa bandeira foi hasteada mais uma vez em solo chileno. E as lembranças desse dia ficarão na nossa memória para sempre. Essas duas horas valeram todo o investimento que fizemos naquele passeio.

 Viva Chile!


Antes de terminar o post, acho importante comentar sobre o mal da montanha, que sempre me pega de jeito, especialmente no Chile, porque se sobe muito rápido. O meu maior sintoma é a dor de cabeça, que é muito forte. Ano passado, fui ao Peru (contei aqui) e descobri que se toma cafiaspirina. Antes de viajar, levei a Valentina ao pediatra dela para saber o que poderia dar a ela, caso sentisse algum dos sintomas e ele receitou a metade da minha dose, ou seja, meio comprimido (ela tem 8 anos). Eu levei sempre comigo. Ela não sentiu nada, mas o primo precisou tomar.

Chi-Chi-Chi-le-le-le, VIVA CHILE!



domingo, 25 de agosto de 2013

Cerro San Cristóbal, Funicular e Zoo - Santiago/CH


Domingo amanheceu ensolarado e tínhamos planejado visitar o Museu de Bellas Artes, depois iríamos ao Cerro San Cristóbal fazer um piquenique com as crianças e ao zoológico.

Santiago é provida de muitos parques, todos lindos, emoldurados pela Cordilheira dos Andes. Caminhar a esmo já é o máximo.

Quando chegamos ao pé do Cerro, encaramos uma fila gigantesca para o funicular. Mais de uma hora, com certeza. Compramos os ingressos  e esperamos pacienciosamente até a hora de embarcarmos. Mas a fome começou a apertar...






O funicular, na subida, faz uma parada no zoológico. Na volta desce direto. Resolvemos, diante da fome, subir direto ao cume, fazer o nosso piquenique e depois descer a pé até o zoo, afinal de contas, para baixo todo santo ajuda.

Com esta vista fenomenal da cidade, lanchamos. Foi um grande acontecimento para as crianças. Pena que esqueci a toalha xadrez de 'nicnic' em casa, mas improvisamos outra.




 O cardápio era variado: sanduíches, sucos, nozes, frutas secas, azeitonas, queijo, presunto, salame, batatas pringles e... vinho, óbvio! Afinal de contas as crianças grandes também tem direitos em viagens familiares...





Fomos devidamente abençoados pela Vírgen María, afinal de contas ainda tínhamos vários dias pela frente e proteção nunca é demais. Claro que demarcamos o nosso território com a nossa bandeira, que sempre viaja conosco.

E chegou a hora de irmos para o zoo, as crianças em polvadeira, como se diz aqui no sul para chegarem lá. Acabamos levantando o acampamento e seguimos para a trilha que desce para o zoológico. O que ninguém nos disse foi que a trilha tinha mais de 3km... Linda, claro, mas teve gente que reclamou da minha ideia e da minha amiga... As crianças tiraram de letra... Depois o filho da minha amiga dizia, toda vez que via o Cerro, que nem acreditava que tinha descido todo ele a pé...


Chegamos ao zoo faltando meia hora para fechar. Era o primeiro domingo de férias escolares no Chile. Sabe tumulto? Multiplica por mil... Não dava para se mexer lá dentro! Eu agarrada na Valen, a minha amiga agarrada no filho dela e a gente só se cuidando para não se perder no meio daquele fogo cruzado. 

Nem bem deu meia-hora, anunciaram o fechamento do zoo e nós já emendamos que os bichos iam dormir e zarpamos, tão rápido quanto possível, dali.  Abaixo algumas poucas espécies que conseguimos observar de perto, pois tudo era difícil...










Depois de uma sensação de esgotamento total, sabe onde os meninos estavam? No boteco, saboreando uma Escudo negra. Pausa pra gente, também, né? Afinal de contas, nas piores sobra sempre para as mães. É ou não é? Fala a verdade!




Talvez o zoo seja muito legal, mas sem aquele tumulto todo. É, temos que voltar para conferir...



sábado, 24 de agosto de 2013

Museu de Belas Artes de Santiago/CH




Eu não entendo nada de arte. Nunca ninguém me explicou nada a respeito deste tema. Mas sou curiosa e tenho, ao longo dos anos, lido muito a esse respeito. Faço a minha leitura, observo os detalhes de perto, de longe. Gosto ou não gosto. Aprecio. Sento e observo. Ou não. Passo batido. Mas não deixo de visitar um museu de arte. Disso tudo concluí que não gosto de arte moderna porque não a compreendo, salvo raras exceções. É muito além do meu conhecimento. Ou não. 

Arte nas ruas perto do Museu de Belas Artes de Santiago

Gosto mesmo é arte antiga. Gosto dos grandes pintores e de suas obras. Mas cada vez mais me apaixono pelas esculturas em mármore. Transformar um bloco de pedra em uma escultura não é para qualquer um. Quanta imaginação, quanto tempo, quanto estudo, quanta técnica empregada para transformar o nada em algo belo!
O Museu de Belas Artes de Santiago, um dos mais antigos da América Latina (fundado em 1880), foi um dos primeiros que visitei e ali pude conhecer sobre artistas chilenos, além de admirar o prédio em si, que é lindíssimo!



Não tenho técnica de observação. Desenvolvi a minha, bem particular. E estou tentando passar isso para a minha filha para que ela desenvolva o gosto pela arte, seja ela qual for. E que saiba distinguir o que é legal e o que não é. Não pretendo seja ela uma profunda conhecedora, mas desejo que ela procure interpretar o que o autor quis dizer ao apresentar as suas obras.


Foi a primeira vez que a levei num museu de belas artes. Aproveitei a oportunidade e fiz com que ela observasse os detalhes das obras e me dissesse o que ela imaginava que fosse. E passamos a discutir sobre as nossas conclusões. Só ao final a gente olhava o nome e o autor da obra. Fizemos isso em todas as esculturas do térreo e a resposta dela foi surpreendente. Agora já me pede para ir a outros museus. Acho que consegui atingir o meu primeiro objetivo. 



Quando estive lá pela primeira vez - em 2006 -  um quadro me chamou muito a atenção e até hoje me questiono sobre ele: El sistema digestivo de la vaca, de Samy Benmayor Benmayor. Falei a ela sobre esse quadro e, claro, ele se tornou a grande atração.



Além do acervo próprio, havia uma outra exposição acontecendo por ali, cujas obras eram sensacionais, mas a gente não podia fotografar. Cuando desperté no había nadie é a exposição de Victor Mahana que está no Museu até setembro de 2013. Recomendo a visitar.

Em resumo: arte, para mim, é o que me faz bem aos olhos, ao coração e à alma. Mas um dia eu pretendo fazer um curso de história da arte para aprender mais. E para você?

Até breve!



Centro Cultural Estação Mapocho - Santiago/CH

Foto do saite oficial da Estação Mapocho

O Centro Cultural Estação Mapocho ocupa o prédio, construído entre 1905 e 1912 para o Centenário da Independência do Chile, que abrigava a Estação de Trens da Empresa de Ferrocarriles de Chile, uma das maiores, senão a maior, do País. 

Emílio Jecquier, arquiteto chileno, foi o responsável pela construção. Inspirou-se no estilo neoclássico, já que havia estudado na Escola de Belas Artes da França. A cobertura era de vidro originalmente. 




Em dezembro de 1976, por Decreto N° 1290, a Estação Mapocho foi declarada Monumento Nacional. Depois de alguns anos, o prédio restou totalmente deteriorado, até cair em total abandono após o fim das linhas de trem. Em fevereiro de 1991, houve a constituição da Corporação Cultura da Estação Mapocho, com o objetivo de restaurar o prédio e de ali promover grande difusão cultural.

Na primeira vez em que estivemos por lá, visitamos a exposição Los 3 Grandes de España, Picasso, Miró e Goya. Foi a primeira vez que vimos obras originais deles.


Desta vez, por ser período de férias, levamos as crianças na Exposição Dinossauros Gigantes, que acontecia por ali. E mais uma vez foi incrível visitar este lugar (embora a exposição em si, pela multidão que tomava conta da Estação, não tenha sido tão legal).










domingo, 18 de agosto de 2013

Donde Augusto - Santiago/CH

Olha a camisa do meu Gremio bem na direita!

Desde a primeira vez que fui ao Chile, li sobre este restaurante, que diziam as revistas de viagem (era só o que tinha na época), era imperdível. Naquela oportunidade, nem sei por que, a gente não foi. Provavelmente não tenha dado tempo.

Desta vez, finquei esteio: nós vamos lá e vamos comer a centolla. E todo mundo concordou comigo (e ai se alguém discordasse...). Fomos, então, num sábado à tarde (sim, já era mais de 14h quando chegamos lá) e estava... lotadaço! Era gente para todo o lado. O restaurante se adonou do Mercado Central que, por sinal, é muito bonito, mostrando a sua estrutura de ferro.


Em seguida conseguimos uma mesa. Era muita gente. Tanto para atender, como para servir, como para comer. Pedi um pisco. Demorou uma eternidade. Tive que pedir umas 3 vezes para ele chegar até mim. Acho que foram colher o limão no pomar e buscar o ovo no galinheiro...

Depois, o garçom que nos atendeu, atendia mais de uma mesa ao mesmo tempo. Meu marido pediu a ele que atendesse primeiro a outra mesa e que quando viesse nos atender, atendesse somente a nós. 

Ok. Pedidos feitos. E aí espera. Fotos para cá, fotos para lá. Distrai as crianças famintas... Lá pelas cansadas da tarde, chegou o nosso almoço. Primeiro o impacto com aquele baita caranguejo na nossa frente. 


Feio ele, né? Mas a carne é saborosíssima. E serviu bem, junto com a guarnição e salada, a todos nós. Os pratos das crianças vieram errado: um era com purê de batatas e veio batata frita e outro era com arroz e veio... batata frita, mas eles trouxeram o que foi pedido e não cobraram a mais por isso. Ponto para o restaurante.

Mesmo cheio de clientes, o serviço foi eficiente. O garçom fez pose com o bicho para fotos e depois tratou de estraçalhá-lo para que nos deliciássemos. Inclusive nos ensinou a comer, pois era a nossa primeira experiência com a centolla.

Ao final, a conta. Sim, foi um susto para um início de viagem, mas nada que não imaginássemos. Para se ter uma ideia, só a centolla custou cerca de R$ 350,00, mas 4 adultos comeram. A conta foi salgada. Como água do mar. Mas não nos arrependemos. Pratos típicos também fazem parte da experiência de viajar.


Como não tinha uma costela de ovelha, o jeito era comer o tal caranguejo.
 Em resumo: é um restaurante do tipo turístico, cheio de gente, mas com serviço condizente. Valeu! Se volto lá, não sei, mas recomendo.

Ah, um detalhe: tentei pagar a conta com o meu VTM/dólar. Não teve propósito. Passamos várias vezes e em máquinas diferentes, até nos darmos conta do que era. Ou seja, precisei sacar o de crédito mesmo, cuja compra foi autorizada na primeira tentativa.  No Chile não é em todo o lugar que o VTM é aceito. Já pensou ter que ficar ali lavando aquele monte de prato? Deus me livre!

Até a próxima semana, com mais um post sobre o Projeto Chile 2013.






sexta-feira, 16 de agosto de 2013

Novidade no ar!


A grande novidade da semana, motivo de maior orgulho e deste post, é contar aos amigos que o nosso blogue agora é filiado ao maior saite de reserva de hoteis do mundo, o Booking.com.

Eu utilizo o Booking já há algum tempo e nunca tive, perdoem-me o trocadilho, nenhum contratempo.

Na primeira vez, para teste, reservei um hotel em Posadas/AR. Chegamos lá e tudo muito certo. O hotel era exatamente o mostrado no saite do Booking.

Depois, reservei dois hoteis na Itália, um em Florença e outro em Milão. Chegamos nos hoteis e o nosso quarto estava à nossa espera. 

Aqui vale uma pausa para uma historinha que me deixou tridesconfiada, aproveitando a semana da blogagem coletiva sobre os perrengues. Estava eu bem tranquila, passeando em San Gimignano, quando meu celular avisa um torpedo recebido. Olhei e era um débito de um valor significativo. No outro dia, outro no mesmo valor. Mas o nome da empresa não me soava familiar. Confesso que me apavorei! E estávamos sem internet lá no meio da colônia, na Toscana. Para saber o que tinha acontecido, só no dia seguinte, quando chegássemos ao hotel de Florença. Pois, bem. Além de terem clonado o meu cartão, a única hipótese de uso seria o pagamento do hotel em Florença, que eu reservara para nós e para os nossos amigos. Mas não descansei enquanto não cheguei lá, no Ambassiatore. Para minha tranquilidade, eram os débitos do hotel.



O saite tem opções de hospedagem em vários lugares do mundo e, também, tem a avaliação dos usuários, que pode nortear a tua escolha. Eu recomendo!

Você pode acessar o saite do Booking.com clicando no banner ali do lado ou já introduzindo os dados da sua pesquisa na caixa amarela, também do lado direito. Reservando seu hotel no Booking você terá a garantia de estar conseguindo o melhor preço.

Boa pesquisa. Boa viagem!




domingo, 11 de agosto de 2013

Segunda blogagem coletiva: Os perrengues!




Pois é, a primeira edição da blogagem coletiva fez tanto sucesso que agora estamos renovando a parceria. E o entusiasmo é contagiante! O tema desta vez são os perrengues que enfrentamos nas viagens.

Pensei, pensei, pensei e achei poucas situações que foram mais delicadas, vamos dizer assim. Posso dizer que nossas viagens sempre foram iluminadas e que sempre tudo deu certo. Mesmo com os perrengues. Fazem parte, né?

A primeira situação foi no Rio de Janeiro, em 2011. Fomos levar a Valentina na sua primeira viagem de avião para conhecer a Cidade Maravilhosa. Meus pais e minha irmã atenderam ao convite dela e se juntaram ao grupo, tornando a trip uma grande aventura familiar.

Pela internet, num desses saites de compras coletivas, comprei um passeio de barco pela Baía da Guanabara, mar protegido, algumas paradas, tudo certo. Pensei na minha mãe que enjoa muito. No dia anterior ao passeio, a empresa me contactou para informar que o passeio com esse roteiro não sairia por falta de quórum, mas que poderíamos fazer o outro, para a Ilha do Papagaio ou recebermos o dinheiro de volta. Optamos por aquele.



Na hora prevista, embarcamos na Marina da Glória. O dia estava lindo, sem ventos. Quando contornamos o Pão de Açúcar a coisa complicou. E a vista da Praia Vermelha e Copacabana terminou devido a um nevoeiro muito forte. O barco começou a balançar e o povo todo começou a marear. Íamos contra a maré, digo contra o vento. Mais ou menos dois metros para a frente, um para trás.

Até que o capitão anunciou que para chegarmos na tal Ilha do Papagaio demoraríamos mais uma hora naquelas condições. A segunda opção seria retornarmos à Marina da Glória e reagendarmos o passeio. Por unanimidade, decidimos voltar.

O tal barco não tinha GPS e a comunicação com terra era por telefone celular. Não se tinha qualquer visibilidade. Quando percebemos, estávamos quase na arrebentação, em frente à Copacabana. E do nada surgia um barquinho de pescador, desses bem pequenininhos...

Algum tempo de pavor depois, contornamos o Pão de Açúcar e reingressamos na Baía da Guanabara, onde o sol mais que brilhava. A maioria do pessoal do barco alimentou os peixinhos.

Quando chegamos, o pessoal do barco queria que reagendássemos, mas explicamos a ele que não tínhamos mais tempo hábil.

Como explicar os caprichos do mar? Como eu mergulho sei que quando se sai para o mar o tempo é sempre uma incógnita. Mas jamais imaginei que, em pleno Rio de Janeiro, os barcos não tivessem, ao menos, um GPS. O capitão demonstrou sua habilidade. Percebi que a tripulação estava angustiada.

E a Valen? Nada! Não enjoou e ainda procurou por golfinhos comigo, a forma que eu encontrei para distraí-la de toda aquela situação.



Nesta mesma viagem, outro dia, estávamos no metrô para retornarmos ao apartamento que alugáramos para começarmos a viagem de volta. Quando chegamos, o trem já estava ali e eu e a Valen corremos e entramos. Mas o resto do pessoal não!

E aí? O que fazer? Descer na próxima estação ou descer na 'nossa' estação? A Valen meio que se apavorou e tal, mas disse a ela com toda a calma: vamos descer na 'nossa' estação e vamos ficar esperando por eles (meu pai, minha mãe, minha irmã e meu marido), porque se descermos na próxima, vamos nos desencontrar.

E assim fizemos. Eu e a Valen descemos na Cantagalo e nos sentamos a esperar o próximo trem. Quando chegou, a gente se reuniu novamente e tudo acabou bem.


Por fim, o último perrengue foi agora, no Chile.

Eu habilitei meu celular para rooming internacional. Então, sempre saio com ele, mas não atendo a nenhuma ligação. O objetivo é de me comunicar, por torpedo, com a minha mãe, que não sabe nem ligar um computador. O Jaime levou o dele, mas deixou desligado no apartamento. Os nossos amigos levaram um celular, mas também deixaram desligado, em casa. E saímos para passear.

À tarde, eu e a minha amiga fomos levar as crianças para ver uma exposição na Estação Mapocho, sobre Dinossauros Gigantes. Os meninos foram ao mercado. E simplesmente nos desencontramos. Adivinha só que tem estava com telefone... eu!


Como a noite começou a cair e era uma multidão na tal exposição, comentei com a minha amiga que eles iriam nos esperar na saída, já que era uma exposição de sentido único: se entrava pelas portas da frente e a saída era nos fundos.

Vencemos o itinerário, saímos e não os enxergamos. Viemos até a frente da Estação Mapocho, procuramos por eles e nada! Começou a anoitecer. A minha amiga comentou que eles poderiam ter ido para casa, tomar chimarrão, pois viram o tumulto e sabiam que nós tínhamos conhecimento de como voltar e tal. Concordei com ela e seguimos para o nosso apartamento que, por coincidência, eu estava com a chave. 

Chegamos já noite com as crianças e subimos direto ao apartamento deles. Nada. Descemos para o meu. E ali ficamos esperando pelos meninos. O passaporte do Jaime estava comigo. E quando me dei conta disso, começou a bater o pavor. O que será que aconteceu? Onde eles estão?

As crianças toda hora vinham perguntar pelos pais e nós respondíamos que eles já estavam chegando. Anoiteceu e nada deles. E começamos a realmente ficar preocupadas. Ela pegou o telefone dela, que estava desligado dentro da bolsa, ligou e trocamos uma mensagem ali mesmo, só para ver se funcionava. E funcionou.

Passou 15, 20, 30 minutos e nada deles chegarem. Começamos a ficar sem assunto e a pensar em um Plano B, como por exemplo, procurar a Embaixada Brasileira, Polícia, sei lá... Já não tínhamos mais desculpas para darmos aos pequenos viajantes.

De repente, meu telefone toca. Percebi que era um número do Chile e atendi. - Alô! A ligação caiu... E o pavor aumentou ainda mais.

Passados mais alguns minutos, o telefone tocou de novo e, ao invés de dizer 'alô', eu disse: - Casa, casa, casa, casa. Ao que o Jaime, do outro lado, respondeu: - Vocês estão em casa? E eu: - Sim, e vocês? Estamos chegando, foi a resposta.

Nada mais do que 45min se passaram entre a nossa chegada em casa e a notícia deles, que estavam bem. Mas parece que foram 3h... O desencontro foi de menos de 5min, quando decidimos sair da Estação Mapocho e voltar para o apartamento e a chegada deles ali na frente. Mas gerou um baita estresse. Eu levei na boa e ainda brinquei com o Jaime: - Confessa, vocês foram num Café con Piernas e estão dando a desculpa que ainda estavam no mercado! Sim, porque depois tem que transformar a situação em piada, né? E assim ter estória para contar aos amigos.

Dali em diante, combinamos que sempre que nos separássemos, cada dupla ficaria com um celular e que a comunicação se daria por torpedo. E nunca mais tivemos problemas.


Até a próxima blogagem coletiva!


Leia sobre outros perrengues nos seguintes blogues:


1. Claudia Pegoraro, do Felipe, o pequeno viajante


2. Karen Schubert Reimer, do As Aventuras da Ellerim Viajante


3. Cinthia Rangel, do Viagens em Família

4. Adriana Pasello, do Diário de Viagem


5. Francine Agnoletto,
 do Viagens que Sonhamos


6. Eder Rezende,
 do Quatro Cantos do Mundo


7. Eria Kovacs,
 do Viagem com Gêmeos 


8. Debora Godoy Segnini,
 do Gosto e Pronto


9. Ludmyla De Sena Broniszewski, do Two Many Sides of Me (este é o perrengue 3! Tem o 1 e o 2!!)

10. Renata Schiffer, do A Renata teve infância e sabe ser feliz!


11. Andréia Mannarino, do Mistura nada básica

12. Andrea Martins, do Malas e Panelas 


13.Aryele Herrera, do Casa da Atzin

14. Flávia Maciel,
 do Bebê pelo Mundo


15. Renato Martins, do Renato Blogging (nada a ver o nome, é um blog antigo que posto raramente)


16. Sut-Mie Guibert, do Viajando com Pimpolhos 


17. Andreza Trivillin,
 do Andreza Dica e Indica Disney


18. Debora Galizia,
 do Viajando em Família


19. Thiago Cesar Busarello,
 do Vida de Turista


20. Ana Cinthia Cassab Heilborn, do Travel Book

21. Ingrid Patrícia Cruz, do Viagens em Família

22. Michely Lares, do Viagens da Família Lares 

23.Karla Alves Leal, do Cariocando por aí

24.Marcia Tanikawa, do Os Caminhantes Ogrotur

25. Mônica Paranhos, do Viagens em Família

26. Patricia Papp, do Coisas de Mãe

27. Cynara Vianna, do Cantinho de Ná


28. Cristiane Martins, do Dias Viajando por aí 

29. Guilherme Canever, do Saiporaí 

30. Paloma Varón, do Viagens em Família 

31. Vera Leitão, do Mundo anfitrião

32. Miriam Vargas Nunes Neto, do Clube de Viagens Mom:  

33. Flávia Peixoto, do Viajar é tudo de bom

34. Daniella Sousa Reis, do André e Dani + Pedro

35. Ligia Cantarelli, do Sem vírgula antes de etc.

36.Luciana Bordallo Misura, do Colagem 

37. Kelly Resende, do Bebê Piccolo 

38. Susana Spotti, do Viagem Simplesmente 

39. Thyl Guerra, do Viajando com palavras 

40. Alexandra Aranovich, do  Café Viagem

41. Luísa Pinto, do Diário da Pikitim




sexta-feira, 9 de agosto de 2013

Palácio de La Moneda



O Palácio de La Moneda, construído entre 1786 e 1812, é a sede do Governo Chileno. Originalmente foi projetado para abrigar a Casa da Moeda, na época em que o Chile era Colônia da Espanha. Em razão dos frequentes abalos sísmicos por que passa o Chile, foi construído com enormes blocos de pedra, sendo, atualmente, o único prédio da época colonial ainda em pé.

O Chile sofreu um golpe militar em 11 de setembro de 1973, tendo o prédio sido bombardeado. Nesta oportunidade, Salvador Allende, então Presidente, foi deposto e morto.

Da outra vez que fui, assisti à cerimônia da troca da guarda, que é muito legal. Desta vez, nossa visita não coincidiu com este momento ímpar. Além disso, o Palácio estava fechado para visitação. Ficou para a próxima. Mais uma vez.



Há uma estação de metrô para se chegar ao Palácio, também.




terça-feira, 6 de agosto de 2013

Plaza de Armas e arredores



Depois de descansarmos da viagem e de um belo café da manhã, fizemos um chimarrão e saímos caminhando por Santiago. O dia estava lindo, um pouco frio, mas nada de mais.

Saímos na direção da Plaza de Armas, o marco zero da cidade. Ali, Pedro de Valdívia deu início à sua fundação. No caminho, passamos pelo antigo prédio do Congresso Nacional, que é muito lindo.



A Catedral de Santiago está dedicada à Asunción de la Santísima Virgem. Foi consagrada em 1775, pelo Bispo Manuel de Oday e possui características neoclássicas.

Nessa capela, dedicada ao Santíssimo Sacramento, rezou João Paulo II pela Paz e pela reconciliação do Chile, em 1987.




O teto também é ricamente decorado. Em seu interior, ainda, encontram-se dois santos chilenos: San Alberto Hurtado e Santa Teresa de los Andes.








Na Plaza de Armas o antigo e o moderno convivem serenamente. Entre a Catedral e o prédio dos Correios, vê-se uma construção moderna, espelhada, em que reflete o antigo.




A Praça, ainda, é local de diversas manifestações culturais. Pudemos assistir a uma apresentação de um grupo de danças, que bailava a Cueca, a dança tradicional do Chile.



Em outra parte, uma família se apresentava com estes instrumentos. Não preciso dizer que o gurizinho deu um show à parte, né? Adoro essas manifestações culturais populares.


Nós chegamos na Plaza de Armas caminhando, pois estávamos hospedados ali perto. Mas há uma estação de metrô bem aí, a Plaza de Armas.

Te veo!