domingo, 23 de abril de 2017

Casa de Anne Frank - Amsterdã




Visitar a Casa de Anne Frank é quase uma obrigação para quem vai a Amsterdã. Sem sombra de dúvidas, é um dos highlights da cidade, ao lado do Van Gogh Museum e do Rijksmuseum. 

Anne Frank nasceu na Alemanha, em 12 de junho de 1929. Ainda menina, tendo em vista a ascensão de Hitler naquele país, Otto Frank decide se mudar para a Holanda, em busca de uma vida melhor para si e sua família, todos judeus. Com a invasão alemã, a família e mais quatro pessoas se escondem  no Anexo Secreto, construído dentro do próprio prédio comercial de Otto, localizado no Canal Prinsengracht, nº263. Apenas poucas pessoas disso sabiam e eram o contato deles com o mundo exterior. Assim permaneceram por dois anos, quando foram descobertos e enviados para os campos de concentração. De todos, apenas Otto sobreviveu.

Foi durante esse período de confinamento que Anne escreveu seu diário, narrando o dia-a-dia do Anexo Secreto e os acontecimentos externos que chegavam ao seu conhecimento, refletindo sobre eles. O diário e outros documentos escritos pela menina foram encontrados pela secretária da empresa de Otto, Miep Gies, logo após a invasão do Anexo, e a ele entregue por ela quando do seu retorno da Alemanha. O depoimento de Otto é de arrepiar (você pode vê-lo (e se emocionar) numa das últimas peças do Museu, quando ele se refere que lendo o diário ele conheceu outro lado de sua filha, emocionando-se com as palavras dela. Imediatamente decidiu publicá-lo, tornando-se, assim, um dos maiores best sellers da literatura mundial*.  

Reserve ao menos duas horas para visitá-lo. O local é grande, tem muitas informações para serem lidas e muito a ser sentido, percebido, absorvido. Não tem como sair de lá indiferente aos acontecimentos da época, independentemente de você ter lido o livro ou não. O Anexo Secreto possui uma atmosfera densa, pesada, mas que demonstra como foi a vida daquelas 8 pessoas ali durante dois anos.

Outra questão é a fila. A qualquer horário você vai enfrentar fila, a menos que você compre o bilhete pela internet, com horário marcado para entrar. Mas eu afirmo: vale a pena cada segundo de espera. Ao final, compre o livro ou o diário e vá ao café para descontrair um pouco. 

Para maiores informações, acesse o sítio do Museu. Não é permitido fotografar em seu interior e a acessibilidade é limitada, especialmente no Anexo Secreto, que se dá por uma escada estreita e bastante íngreme.



Esse museu deve integrar o seu roteiro por Amsterdã. Bom passeio!

* As informações acima integram o diário de bordo da autora e foram coletadas no próprio museu.

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